Basta que se
observe a condição dos aposentados comuns da seguridade social brasileira, para
enxergar as extorsões e os saques de que são vítimas.
As correções das
pensões ficam sempre aquém, muito aquém dos índices fictícios da inflação
oficial, enquanto alguns serviços essenciais sofrem acréscimos bem acima das
míseras reposições sobre o ganho dessas aposentadorias.
Assim, por esse
caminho, não fica longe o dia em que o cidadão de “idade de terceira”, acabará
sem condições de pagar o seu plano de saúde e, mais adiante, sequer conseguirá
cobrir os saques sofridos dentro das instituições bancárias onde são
depositados os seus proventos.
Aqueles que
deveriam ser os representantes populares acabam sendo os seus algozes, pois
atendem sempre o interesse dos grandes grupos financeiros e esses - estatais ou
privados - vão saqueando os bolsos dos correntistas para engorda do patrimônio
de seus acionistas.
Segundo dados
recentes, divulgados pelo IDEC, nos últimos doze meses o reajuste médio dos 70
“pacotes” bancários, foi de 14%, enquanto o IPCA no período foi de 7,45% e o
reajuste nas aposentadorias do INSS foi de 3,43%.
Ainda segundo os
mesmos estudos, o “pacote” mais salgado foi o do Bradesco, com 50% de correção,
seguido da Caixa, com 46%, mas as outras “instituições” não ficaram muito
longe. A tarifa de saque em terminal eletrônico do Itaú sofreu correção de 22%
(enquanto reduzem o número de funcionários, substituindo-os por essas
máquinas).
Estabelecimentos
bancários, clubes de futebol, prefeituras e empresas de economia mista estão
entre os bilionários devedores da seguridade social e nessa reforma meia-boca
ainda se pretende que nós continuemos pagando essa conta, senhor Ministro?
O descaso ou a
venalidade dentro da estrutura do poder instituído acaba levando ao aumento da
miséria em que já se encontra a maioria da população brasileira mas, pelo que
se percebe das intenções, dias piores ainda virão.
Carlos Gama.
06/07/2019
13:21:45
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Concordo plenamente!
ResponderExcluirConcordo plenamente!
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