O nosso país é
uma piada de mau gosto ou algumas vezes uma piada imprópria para menores de
noventa anos.
Além dos
desmandos todos, que essa infeliz nação enfrenta no campo da amoralidade na
gestão da coisa pública, mas que felizmente vem sendo combatida com muito esforço e embate
com as forças contrárias, temos a modernização dos sistemas, “adequando-os” à Era
da informática. Pois sim! Era da Infernática!
Você que chegou
até este ponto, se prosseguir, irá com certeza dizer que estas linhas nada mais
são que o desabafo de um cidadão inconformado e, aí, terá toda a razão.
Já no primórdio
dessa nova Era – a da informática – era possível solicitar uma certidão em
cartório, através de e-mail ou por telefone, recolhendo-se os valores relativos
à expedição do documento e de sua remessa ao solicitante. Hoje, com a progressão
do “progresso”, o pleito só é possível através de uma “organização” chamada REGISTRADORES.
Para não me alongar em explicações, sugiro ao leitor que tente esse caminho,
onde uma pequena janela só oferece a opção dos cartórios da capital de São Paulo.
Quando pensar em começar a arrancar os cabelos, tente contato via “chat” e ao
perceber que é outra “furada” tente o e-mail, aí com certeza acabará falando
sozinho, como eu, e talvez decida viajar até o interior do Estado para requerer
o tal documento.
Em
contrapartida, para resolver questões junto ao INCRA, o sistema parece ser mais
simples. Abra a página do instituto – onde você atualizou o seu cadastro – e faça
o “loguin” (mal falamos o português e nos perdemos no emaranhado dos termos
estrangeiros). Até aí tudo certinho, as informações estão corretas e o seu nome
aparece no topo da página, á direita. A partir daí, para dar prosseguimento ao
seu pleito, você chega à área da “sala da cidadania” desse organismo público,
onde deverá colocar o seu CPF e a data de nascimento. Nessa hora você descobre
que não existe, embora o seu cadastro original date – antes da Era da
Informática – de quatro décadas passadas.
Restam duas
alternativas: O telefone ou subir a serra até a capital.
Tentemos a mais
simples, que é a que venho buscando insistentemente. Você liga e ouve a
gravação com todas as informações e o número que deverá discar se quiser isso,
aquilo, aqueloutro ou poderá aguardar... Até que a ligação caia. Você refaz a
ligação, ouve as informações gravadas e decide optar pelo “1”, que é o da Sala
da Cidadania (ci da da nou-se!) e aí continua ouvindo a gravação, que é contínua,
até culminar com o som de ocupado...
Você decide
insistir, até uma dezena de vezes e aí desiste.
No dia seguinte
persiste logo cedo, que é para tentar no horário de início de atendimento, mas o
resultado é o mesmo descrito anteriormente.
Aí, então, para
não ter um infarto, por conta de seu desespero e inconformismo, você tenta
perturbar os outros com os seus desabafos.
Carlos Gama.
11/09/2019
10:38:30