quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Meu País - Uma Piada


O nosso país é uma piada de mau gosto ou algumas vezes uma piada imprópria para menores de noventa anos.

Além dos desmandos todos, que essa infeliz nação enfrenta no campo da amoralidade na gestão da coisa pública, mas que felizmente vem sendo combatida com muito esforço e embate com as forças contrárias, temos a modernização dos sistemas, “adequando-os” à Era da informática. Pois sim! Era da Infernática!

Você que chegou até este ponto, se prosseguir, irá com certeza dizer que estas linhas nada mais são que o desabafo de um cidadão inconformado e, aí, terá toda a razão.

Já no primórdio dessa nova Era – a da informática – era possível solicitar uma certidão em cartório, através de e-mail ou por telefone, recolhendo-se os valores relativos à expedição do documento e de sua remessa ao solicitante. Hoje, com a progressão do “progresso”, o pleito só é possível através de uma “organização” chamada REGISTRADORES. Para não me alongar em explicações, sugiro ao leitor que tente esse caminho, onde uma pequena janela só oferece a opção dos cartórios da capital de São Paulo. Quando pensar em começar a arrancar os cabelos, tente contato via “chat” e ao perceber que é outra “furada” tente o e-mail, aí com certeza acabará falando sozinho, como eu, e talvez decida viajar até o interior do Estado para requerer o tal documento.

Em contrapartida, para resolver questões junto ao INCRA, o sistema parece ser mais simples. Abra a página do instituto – onde você atualizou o seu cadastro – e faça o “loguin” (mal falamos o português e nos perdemos no emaranhado dos termos estrangeiros). Até aí tudo certinho, as informações estão corretas e o seu nome aparece no topo da página, á direita. A partir daí, para dar prosseguimento ao seu pleito, você chega à área da “sala da cidadania” desse organismo público, onde deverá colocar o seu CPF e a data de nascimento. Nessa hora você descobre que não existe, embora o seu cadastro original date – antes da Era da Informática – de quatro décadas passadas.

Restam duas alternativas: O telefone ou subir a serra até a capital.
Tentemos a mais simples, que é a que venho buscando insistentemente. Você liga e ouve a gravação com todas as informações e o número que deverá discar se quiser isso, aquilo, aqueloutro ou poderá aguardar... Até que a ligação caia. Você refaz a ligação, ouve as informações gravadas e decide optar pelo “1”, que é o da Sala da Cidadania (ci da da nou-se!) e aí continua ouvindo a gravação, que é contínua, até culminar com o som de ocupado...

Você decide insistir, até uma dezena de vezes e aí desiste.

No dia seguinte persiste logo cedo, que é para tentar no horário de início de atendimento, mas o resultado é o mesmo descrito anteriormente.

Aí, então, para não ter um infarto, por conta de seu desespero e inconformismo, você tenta perturbar os outros com os seus desabafos.

Carlos Gama.
11/09/2019 10:38:30

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Esta não tem nada a ver com a outra carta, embora o título tenha alguma semelhança fonética. Esta é uma carta dirigida a você que se sen...