* Buscava um texto
específico para responder a um comentário amigo e me deparei com as estas
linhas que já fizeram parte de um sítio que eu mantinha na internet
Linhas antigas mas, infelizmente, sempre atuais:
Ler jornal é um
vício que felizmente eu só adquiri na maturidade e, agora, na idade provecta eu
tendo a abandonar, porque preciso de mais alegria e ainda de um tanto de
esperança.
As árvores da
minha cidade continuam morrendo à míngua e relegadas ao abandono que eu cansei
de denunciar; a desertificação se anuncia deste a Amazônia, a galope, de carona
na garupa da ganância desmedida e da inconseqüência funcional.
Na mesma cidade,
o resultado anunciado claramente na substituição dos coletivos às vésperas da
licitação, não surpreendeu a ninguém, como parece que nada mais assombra.
À sombra do
poder, aquele que sabe tudo e não sabe de nada, quando convém, continua
intocável e na espreita de novos proveitos, como se as leis e a justiça, além
de cegas, andassem de muletas.
Espelhando-se
nos exemplos muitos dos de terno e gravata, os ladrões de todas as origens agem
à luz do dia e na calada da noite. Nada parece barrar o avanço dos crimes e da
insegurança.
Os desvios todos
não têm mais limites, a sangria no erário se recupera com propostas de maiores
contribuições dos bolsos rotos dos pequenos, enquanto os desmandos contínuos
parecem não incomodar a mais ninguém.
Sem pesos e sem
medidas as balanças oscilam ao sabor dos ventos muitos...
Firmamo-nos como
um país de contrastes.
E com trastes
tais, o Brasil basta a si mesmo e não precisa de inimigos externos.
Carlos Gama.
05/05/2015
08:31:23
Croniquetas (nº
1014)