quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

41352

O numeral acima é fruto da soma dos elementos que constam como sendo a quantidade de filhas solteiras de ex-servidores em cada ministério até a presente data.

Mas, pela imprecisão dos números informados pela imprensa não se saberia dizer se são primos, aparentados ou amantes do erário.

A imprensa afirma que são mais de cinqüenta e duas mil as mulheres que afirmam o solteirismo que lhes concederia o privilégio de receberem, até a beira do túmulo, os mesmos salários que estariam recebendo seus pais se ainda estivessem visíveis entre nós.

Todavia, os números acima fazem referência apenas e tão somente às “solteironas profissionais” de parte do Poder Executivo Federal, deixando de lado as 120.000 filhas de ex-militares, bem como as “dependentes” de servidores do Congresso e de ex-funcionários dessas casas.

A aberração legal (3373/58) que permitiu ou criou essa “festa” (farra seria o termo mais correto) com o dinheiro público, foi exarada durante o governo de Juscelino Kubitschek (que tinha como vice João Goulart) e corroborada pelos ministros Eurico de Aguiar Salles, Antônio Alves Câmara, Henrique Lott, José Carlos de Macedo Soares, José Maria Alkmim, Lúcio Meira, Mário Meneghetti, Clóvis Salgado, Parsifal Barroso, Francisco de Melo e Maurício de Medeiros.

Arrombadas as portas dos cofres federais, toda a estrutura acabou encontrando uma forma de também chegar às fartas tetas da rês pública e hoje sequer se imagina quantas centenas de milhares de “solteironas profissionais”, filhas de ex-servidores se servem do leite farto que é falto nas mesas de milhões de brasileiros economicamente miseráveis. Afinal, são 26 Estados, o Distrito Federal e 5570 municípios, cada um deles mantendo uma “boiada” de bezerros esfaimados, apesar de muitos deles alegarem míngua para atenderem às necessidades mais prementes de suas populações.

Esse é o Brasil de moral descendente, que iremos deixar para os que vierem depois de nós.

Carlos Gama.
05/02/2020 11:41:29

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