Fica muito clara
no atual governo a intenção de privatizar a maioria das empresas públicas, mas
não parece a nós – povo – que os estudos estejam sendo feitos com a temperança
que o tema e os interesses nacionais exigem, pois a nova gestão do país tem apenas
alguns meses e se perde enredada em questiúnculas que não ajudam a pensar o
futuro da nação.
Não é fácil e
muito menos simples o combate aos desmandos, aos privilégios e aos vícios
centenários que se arrastam no tempo e se sustentam nos hábitos e nos interesses
muitos e de muitos.
O atual governo
se dispôs à guerra necessária e urgente, demonstra coragem, mas está se
perdendo na falta de tática, esse elemento essencial para que a vitória seja
alcançada com sabedoria, pouco a pouco, batalha por batalha... Lançamo-nos no
campo de luta com fúria insana, de olhos vendados e - como país - poderemos
acabar dizimados pelo universo dos inimigos internos e externos que vão
surgindo no trajeto, na falta de serenidade e na ausência do silêncio essencial
para que esses adversários do país possam ser vencidos também pela surpresa.
Esses
prolegômenos se faziam necessários e, agora, vamos ao Porto de Santos, que
cresceu sob uma administração privada, fez prosperar as cidades em seu entorno,
mas acabou nas mãos do governo, sendo corroído pela usual má administração,
pelos interesses escusos, pelos desvios de toda ordem e pela corrupção impune
que, com freqüência descabida macula a gestão dos bens públicos.
As atividades
portuárias, bem como as áreas adjacentes aos portos, são essenciais para a manutenção
da segurança e vitais para a efetiva condução dos interesses de um país e não
devem, de forma alguma, deixar de estar sob a gestão e a proteção do Estado.
Todavia, para
que não se caia e se continue na vala comum dos desmandos, da irresponsabilidade
gerencial e na impunidade que propicia e sustenta todos os crimes contra o
erário através dos séculos, urge que se criem mecanismos legais de controle,
somados a uma rígida e efetiva punição aos crimes cometidos contra o patrimônio
público e essa parece ser a parte mais difícil da jornada, pois acaba
encontrando dificuldade para prosperar, enquanto a estrutura estatal está
carcomida, permeada pelos vícios e pelos crimes que se tornaram prática comum.
Para sustentar a
nossa condição de país próspero e independente, não podemos mais continuar
reféns do crime organizado dentro da estrutura do Estado, e para isso é
essencial que se criem e se aprovem medidas rígidas para garantir o nosso
futuro, protegendo a nossa estrutura e a nossa soberania.
Carlos Gama.
25/08/2019
12:00:06
* Salve o Dia do Soldado!
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